segunda-feira, 4 de abril de 2011

Quem sou eu

Sou uma sombra, um ser dando mil voltas.
Sou um ser solitário em essencia, e isso se reflete até mesmo entre amigos quando transito entre os grupos sem me prender a nenhum.
Busco entender e aceitar as coisas da vida, de modo a ter paz.
Busco os por ques, eles me fazem agir melhor.
Não espero muito de nada, sinto cansaço em esperar.

Abraços aos amigos

Algumas histórias loucas

Compraram um papel tão ruim que todas as impressoras quebraram. Ao manusear, cortei o dedo e de raiva mordi o papel. Fui parar no pronto socorro mas nao descobriram o que eu tinha porque o raio X quebrou ao apontarem para minha barriga.


Recebi uma reclamação de um cliente, não atendi. Ele falou com o supervisor. Não atendi. O supervisor falou com o diretor, que mandou-me embora, e eu disse que nao ia sair... então chamaram a segurança, que me pos pra fora. Tentei entrar à força, me deram um tiro. Meus inimigos fizeram uma festa... e não pude ir porque estava morto.

* Esta é uma obra de ficção.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Crise de identidade


Sou o reflexo do que já fui, então não me conheço pois no segundo seguinte já mudei de novo, por minha própria influencia.
Então preciso me clonar para resolver os problemas que crio, mas aí percebo que um clone igual a mim duplicaria os problemas.
Então eu precisaria de outro clone para resolver os problemas que meu primeiro clone criou, e assim sucessivamente. As pessoas que me conhecem desmaiariam, pois se aguentar um já é osso, imagine vários.
Então após me clonar eu teria que me livrar do clone, que seria eu mesmo, então como garantir que eu me suicidaria corretamente em vez de deixar minha cópia, já que ambos iríamos afirmar sermos o verdadeiro?

Momento de delírio: procure 'Loveholic' no youtube.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EU ACUSO

Eu acuso !



(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. (Émile Zola)

Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...) (Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário

sábado, 8 de janeiro de 2011

Curtas

'Após você passar mais de metade da compra no caixa a luz acabou. Tenha um ótimo dia.' 'E aquela mala no corredor do meu apartamento dizia: EU VOU DOMINAR SUA VIDA'

Cantada: 'Minha nossa senhora do chuveiro elétrico, me dá resistencia pra suportar essa tentação' Marciano, dentro da igreja: 'Falam muito desse tal de Demonio, pelo jeito é ele quem manda por aqui, né?' 'Cara, o jantar estava ótimo, cheguei de volta em casa com a maior fome'

'Eba!!! Papai Noel me deu um pé de meia!!!!'
'O que quer dizer 'formating c: - 85%'?'
'Tenha um ótimo dia, senhor. Estas cinzas que estou vendo eram a sua casa?'
'Cigarro não mata, é só você não fuma-lo'
'Parei de beber! Hoje às seis da manhã'
'O amor é lindo, o problema é a porrcaria da falsidade'
'Quem anda em círculos está redondamente enganado?'
'Se um crente segue os Dez Mandamentos, um ímpio segue o desmandamento?'
'Sabes jogar damas, caro senhor?' r: 'Certamente que só sei jogar vadias' (Bibi Oliveira)
'Supunhetando que os dois estivessem juntos naquela noite...'
Acordei com uma voz que mistura taquara rachada e papagaio com bronquite.
A cafeteira era sem vergonha, dizia fazer 24 cafés, acredito que depois disso seja preciso comprar outra.
Estou magro demais, se perder alguns quilos me diga onde foi.
Aquele cachorro FILA da mãe sujou tudo aqui e tive que lava-lo com sabão em pó e candida, resultado, ele era preto, depois ficou caramelo e agora é branco.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Hipocrisias (forte)

No Ano Novo, canta-se 'Marcas do que se foi', mas arruma-se briga quando o folião ao lado graceja com a namorada.
Prega-se a honestidade, mas considera-se falta de respeito falar uma verdade que tenha o poder de mudar o modo de vida de alguem.
Proibe-se o estupro, mas tolera-se a prostituição, que nada mais é que um estupro indenizado: a mulher sai com um cara de quem nao gosta, fazendo o que nao quer, por dinheiro.
E tem aquela dona de casa que se orgulha de não ter histórias vergonhosas na família, enquanto tenta tirar o glitter da cueca do marido.
Tem também aquele ecologista que compra ovo em caixa de isopor e usa o carro pra ir à padaria da esquina.
Dá-se esmola ao pedinte na rua e deixa-se um familiar à própria sorte.
Vai-se à Igreja falar mal da magia, mas recorre-se a ela quando tudo precisa mudar.
Fala-se em ética profissional, mas questionando a do colega do lado que agiu corretamente.
Dizer 'Eu te amo' e proibir o/a parceiro/a de ver as pessoas que realmente a defendem.
Por essas e outras, já combinei com a NASA de ir a Marte na primeira missão tripulada, aqui não fico mais. FUIIIII